Decima Terceira Edição
Decima Segunda Edição
A edição 12 vai trazer o desfecho da aventura “Ser ou não Ser”. O time do Colégio Limoneiro está na final do campeonato estudantil, mas o artilheiro do time, o Casão, anda meio pertubado com umas alucinações televisivas e não sabe se pode confiar em si mesmo. Treinamentos, confrontos e o apoio das líderes de torcina serão muito importantes no confronto contra o Colégio Geminoid. Ah, destaquei no rodapé do post o beijão que o Titi ganha antes de iniciar a partida. rs
Decima Primeira Edição
Chegou a edição 11 de Turma da Mônica Jovem! A primeira coisa que vi na capa é como a Mônica está gost.. digo, feliz. Como se isso já não fosse motivo para ler, tem também muito futebol na história. Parece que o Limoeiro Futebol Clube está nas finais da Liga Juvenil, e a grande estrela do time é o Cascão, mas o cara anda meio estranho. Ou pelo menos, a turma acha isso. Acho que no fim das contas o "Segredo" do cascão vai agradar muito aos fãs de histórias em quadrinhos, Mangás e Animes, mas para descobrir você vai ter que ler. E se você é daqueles que não gosta, leia para ver as meninas, líderes de torcida. rs
Decima Edição
Mas qual o problema com a Mônica? Por que ela vem tirando notas baixas? Será que ela está ocupada demais ajudando os amigos? Cebola, Magali e Cascão precisam de uma “forcinha”. Entre atuar em um videogame de luta, um programa de auditório em um louco esporte urbano, a Mônica não deixa sua galera na mão!
Nona Edição
A turminha volta para o bairro do Limoeiro, mais precisamente para a escola, onde vai acontecer uma peça de teatro. A Mônica vai contracenar com um menino bonitão que é novo na área, despertando os ciúmes do cebola, provocando brigas e agitando todo mundo! Baixe agora a aventura completa, que a nona edição de Turma da Mônica Jovem está demais!
Oitava Edição
Setma Edição
Com o atraso de costume eis o review da sétima edição da Turma da Mônica Jovem.Nessa edição temos a estréia de Marcelo Cassáro no roteiro da revista, e as mudanças na condução da trama são nítidas. As piadinhas e a metalinguagem diminuíram bastante em troca de um enredo que tenta ser mais profundo e sério, com discussões éticas, como o uso da violência para resolver os problemas.Acho louvável a tentativa de Cássaro, mas a história não empolgou e essa foi a edição mais fraca da revista. O enrendo da Mônica com o Robô abusou da paciência de qualquer um. A intenção era contar uma história sobre um robô que tem sentimentos e como os humanos, no caso a Turma, se relacionam com ele, mas o resultado foi pífio. Os diálogos da Mônica com o tal Robô chegam a ser constrangedores. Tudo bem que o público alvo da revista tem idade baixa, mas mesmo assim foi ruim, parecia até novela mexicana.Idem pras cenas de luta. Não despertam a menor emoção no leitor, são gratuitas, não criam um ápice ha história, e a coreografia foi copiada descaradamente de Dragon Ball. Uma coisa é homenagear, mas isso aí foi pura e simples cópia.No fim das contas, o destaque da revista vão para os robôs da guarda da princesa Mimi, que contaram as melhores piadas. Ah, já pro final da edição, também teve a piadinha sobre a revista da Turma não ser um Mangá Hentai, após a roupa da Mônica ter sido queimada de novo. Mas já tava achando a história tão sem sal que nem consegui rir nessa parte, embora tenha sido uma piada pra lá de “ousada” pra uma revista da Turma da Mônica.Espero que Cássaro consiga melhorar o enrendo na próxima edição e consiga deixar a Turma mais madura, sobretudo menos piégas. É tanto chororô que parece até a torcida do Buáááátafogo!
Sexta Edição
Na sexta edição a revista da Turma da Mônica Jovem retoma o enrendo mais fantasioso, que tinha sido deixado de lado na quinta edição em prol das “aventuras do dia-a-dia”. Sinceramente, prefiro muito mais a Turma com histórias fantásticas do que com temáticas “teen”.E a equipe criativa resolveu jogar alto: Em vez de histórinhas pés-no-chão a Turma foi pro espaço! Esse arco se passa em Marte e numa nave-cidade espacial. Aliás, acabei de lembrar, essa história é inspirada num antigo filme da Turma, de 1983, chamado “A princesa e o Robô“. Eu não me lembro de ter visto esse filme, mas me lembreo vagamente daquele robôzinho que vem desenhado na parte de dentro da capa e da contracapa…O enrendo possui uma boa dose de ficção-científica, bem acessível até mesmo aos leitores mais novos. Os elementos de sci-fi foram bem usados no universo da turma, e acredito que mesmo os fãs do gênero gostem dessa história.Quero destacar a parte em que a Mônica protege a Xabéu. Tinha a impressão de que a qualquer quadrinho ela descobriria que tinha superpoderes que ficaram adormecidos até que ela crescesse ou então que ela queimaria o cosmo, seus cabelos ficariam loiros e ela soltaria um kamehame-ha e… chega, já viajei demais! Deu pra entender, essa parte da história ficou um pouco exagerada, mas não chega a comprometer.E pra fechar quero só comemorar o fato do Franjinha, agora chamado de Franja, aparecer mais nas próximas edições. Eu gostava muito dele quando eu era criança, juntamente com o Bidu era um dos meus personagens coadjuvantes favoritos. Será que o imortal Bidu aparecerá? Aliás, quando é que o Chico Bento vai aparecer nas histórias da Turma da Mônica Jovem?
Quinta Edição
Reações positivas ou negativas ante o recente lançamento da Panini Comics, Turma da Mônica Jovem, uma característica era unânime: os Estúdios Maurício de Sousa estavam mais que antenados ao público jovem pré-adolescente. Muitas sacadas interessantes permearam a HQ, do uso de celulares e ringtones à incorporação de gírias e cultura de gueto pela classe média. As quatro primeiras edições foram sucesso de vendas, conseguiram segmentar um novo público e abrir espaço para incursões mais ousadas quanto à juventude, conforme prometido por Mauricio de Sousa.A quinta edição, lançada esse mês, traz a seguinte chamada na capa: “As aventuras do dia-a-dia”. O mote das aventuras, de agora por diante, se focará nos relacionamentos pessoais dos personagens que habitam a Vila do Limoeiro, mostrando problemas e alegrias típicos que os jovens vivem. Novamente, como falei em outro blog, Mauricio promete e descumpre.Não sou tão crítico quanto os meus colegas universitários da área de Sociologia quanto a questões de posição social e atos de fala, mas TMJ#5 é história em quadrinhos completamente elitista e distante da realidade da grande maioria dos jovens, principalmente das meninas, mesmo as ricas. Vamos por partes.Elitismo: Em TMJ#5 é claramente mostrado a importância do dinheiro na vida adolescente. É através da moeda que os garotos podem levar as garotas para ir ao cinema, e elas podem comprar vestidos e jóias. São usos que muitos jovens fazem do seu dinheiro, mas cada um deles possui um nível de consumo diferente e o realiza de diferentes maneiras. É exatamente isso que TMJ#5 se exime de mostrar. Duas cenas são cruciais para se notar isso: quando Mônica e as amigas vão ao shopping e quando Cebola (não é mais Cebolinha, não esqueçam) pede a chave do carro ao pai.Mônica está com dor de cotovelo porque Cebola foi estudar Inglês com uma garota. Para lhe ajudar a ficar “pra cima”, sua mãe a leva para fazer compras com as amigas. A lógica do consumo, ao chegarem ao Shopping, é gastar, gastar e gastar. Não é mostrado nem o que elas compram, embora se sugere que tenha sido roupas. A relação do jovem com o que compra é simbólica e concreta para demonstrar características intersubjetivas. O jovem que compra por comprar e pensa despreocupadamente “é hoje que o cartão de crédito do papito vai ferver” é um sério candidato a se tornar – se ainda não o é – um consumidor compulsivo.Cebola pede o carro ao pai, para rodar no “sabadão”. No entanto, o pai nega por ele não possuir idade para dirigir e ainda o pede para lavar o carro. Lavagem feita, o pai de Cebola o entrega uma nota de 20 reais. Cascão e Titi, ao verem a recompensa, resolvem ir atrás dos pais para negociar o mesmo trato. Mesmo não mostrando eles discutindo com os pais, a HQ dá a entender que os pais são complacentes desse tipo de prática. Não há nenhum pai que não possua “vintão” para dar aos filhos por dez minutos de esforço.Lembro que desde os primeiros números é mostrado o apelo consumista dos personagens, como quando Mônica resolve trocar de Celular porque o seu está com um pequeno defeito – a recepção de som está ruim. Onde estão os jovens que não podem realizar esse tipo de sonho? Aparentemente, a realidade de TMJ é a de jovens mimados que nunca recebem um “não” e possuem rios de dinheiro e nenhuma preocupação proveniente deste tipo de problema.Sexismo: A HQ faz uma divisão clara entre meninos e meninas. Elas só aparecem entre elas e eles, entre eles. Cada um tem um grupo de atividades bem definido: as meninas vão ao Shopping, ao salão de beleza, compram jóias e falam de meninos. Os meninos vão pra um campo de beisebol secreto, suar e correr, e só falam de jogos e diversão. Os dois grupos só se relacionam para namorar.
Quarta Edição
Sinopse: Na dimensão mágica de Tchalu, a Turma da Mônica Jovem enfrenta um grupo de lutadores controlados pelo Capitão Fei... oooops, Poeira Negra.E em Edom, um reino cheio de monstros e assombrações, a turminha se prepara para o desfecho de sua grande aventura.Positivo/Negativo: Não tem como não começar pela capa. Simplesmente não tem.A imagem é bombástica, antológica, fetichista: Mônica tenta beijar Cebolinha. Na boca. De novo: na boca. Ela está com os olhinhos fechados. Ele treme na base. Gotas de suor escorrem pelo seu rosto. Os leitores vêem uma velha fantasia se tornando, vá lá, realidade.Durante o dia de ontem, quando a revista chegou às bancas, os sites brasileiros reproduziram a capa incessantemente - dos jornalísticos aos de fofoca, dando à Mônica seu dia de Luana, de Gisele, de Ivete. Hoje, a imagem deve estar nos maiores jornais. Semana que vem, quem sabe, nas grandes revistas.Falando assim, soa exagerado.E, de certa forma, é. Ora, é só um beijo entre dois adolescentes cheios de hormônios. Hoje, aliás, gente de 14 anos faz manobras sexuais bem menos puritanas que um miserável selinho. Para certos grupos, isso é um carinho que se faz em amigo. Se fosse o caso, ai, pobre Cebola.Tudo, porém, indica que não é. Não só porque na capa os dois personagens são envolvidos por um discreto coração em tons de rosa. Mas também porque um beijo entre a versão adolescente de Mônica e Cebolinha é tão esperado quanto aquele entre o mocinho e a mocinha no capítulo final da novela das oito.Esse beijo só está repercutindo tanto porque foi esperado por décadas por gerações de leitores. É uma imagem que se construiu na mente de uma nação. Sabe-se lá de onde saiu. Nem como se fixou. Mas o fato é que é o começo de uma fantasia coletiva que sorrateiramente dominou o País: todo mundo sabia que aquela tensão toda entre Mônica e Cebolinha um dia viraria outra coisa quando eles crescessem.Pois eles cresceram. E aí está: o beijo.Mauricio de Sousa e sua equipe fizeram um movimento de mestre. Depois de três números cheios de realidades alternativas, sátiras do universo dos mangás e aventuras destrambelhadas, levaram a trama de volta ao bairro do Limoeiro para entregar ao público a realização daquele que é um dos primeiros fetiches das crianças brasileiras.Nas páginas internas, é bom deixar claro, o beijo se concretiza. Selinho. Sem língua. Mas os lábios se encostam e conduzem a um final espetacular.É importante que o beijo seja selado no Limoeiro. Lá, afinal, é a realidade - ao menos, a da turminha. Isso deixa claro que não se trata de mundo paralelo, de clone, de futuro imaginário nem de sonho. O que estava no imaginário do Brasil enfim saiu da cabeça do leitor, foi impresso e é, daqui pra frente, um fato.No meio de um momento histórico desses, não tem jeito: a trama da revista acaba ficando em segundo plano. Mas não precisaria.A conclusão do arco 4 Dimensões Mágicas é a melhor parte até aqui. A trama equilibra bem um humor leve, diminui a repetição de piadas dos volumes anteriores e tem uma boa dose de ação narrada com competência.É um barato caçar as diversas referências à cultura pop e aos quadrinhos que estão nas páginas de Turma da Mônica Jovem. Neste número, tem citação até para a série Crise nas Infinitas Terras, da DC Comics. Mas não é papel do resenhista entregar tudo de bandeja: o leitor precisa ter um pouco de trabalho também.De qualquer maneira, a maior força deste volume tem a mesma origem do beijo: é a idéia de mostrar ao leitor o que até então ele apenas poderia imaginar. É o caso da turma do Penadinho "mangalizada" e a página dupla 82/83, com versões jovens da turminha do Limoeiro - incluindo o cãozinho Bidu!Durante décadas, Mauricio de Sousa acumulou um patrimônio que vai muito além da sua própria obra. Sua criação passou a fazer parte do imaginário de um país inteiro. Na cabeça dos leitores, esse universo fermentou, ganhou outras formas, virou fetiche, fantasia, delírio. Chegou a hora de colher os dividendos e redistribuí-los - de preferência, no formato de histórias em quadrinhos memoráveis.
Terceira Edição
O segundo número de Turma da Mônica Jovem foi tão engraçado que eu esperava na terceira parte uma pequena queda de qualidade. Mas a terceira edição não só manteve a qualidade como ainda melhorou!A melhora se refere a uma coisa que eu critiquei nos reviews anteriores: A maneira de falar dos personagens em certas ocasiões. Há um excesso de otimismo e empolgação em certos diálogos, provavelmente influência do "miguxês" dos nossos pré-adolescentes perdidos de hoje em dia...Mas parece até os roteiristas leram minhas críticas e esses tipos de falas diminuíram bastante. Talvez seja muita exigência minha querer que esses diálogos sumam de uma revista com público alvo entre 10-14 anos, mas se pelo menos manterem nesse patamar já está ótimo.Nessa edição, a exemplo da segunda, a várias referências a elementos nerds. Olhando atentamente você encontra referências a Star Wars (o povo do planeta Tomba são muito parecidos com os Tusken Raiders que também vivem em um deserto), a armadura do Cebolinha (ops, desculpe Cebola, foi mal!) lembra o Mega Man, os robôs gigantes lembram seriados live-action japoneses como Jaspion e Changeman, o mestre Caolho parece uma mistura de Mestre Kame (Dragon Ball) com Senhor Miyagi de Karatê Kid. Isso sem falar na clara referência ao Quarteto Fantástico no fim da edição. Ah, isso sem falar na piada engraçadíssima que fizeram com o Orkut, que de projeto de conclusão de curso de um nerd virou o site mais acessado por patricinhas e playboys brasileiros.A terceira edição de Turma da Mônica jovem mostra que a equipe criativa da revista está ligada no que acontece nos universos "teen" e nerd e sabe misturar esses elementos pra criar uma estória muito boa. O futuro da Turma da Mônica está em ótimas mãos!
Segunda Edição
Continuação do primeiro arco da nova revista da turma da rua do Limoreiro.Pra conseguir deter a vilã Yuka, que aprisionou Franjinha e seus pais, a Turma da Mônica tem que procurar o Cubo Fantástico num lugar que lembra a Terra Medieval, mas com "elementos fantásticos".Ora, a Turma da Mônica entrou em um cenário de clássico de RPG nessa segunda edição. Todos os bons clichês do jogo estão lá: O grupo com paladino, mago, ladino, arqueiro elfo, a estalagem (bar) onde todos os grupos de RPG vão procurar pistas sobre sua missão, os anões, Orcs, Dragões, feitiços...Ótimas piadas foram feitas em cima das situações comuns do RPG, e foram feitas de um modo que mesmo quem nunca jogou possa entender, mas se o leitor já jogou RPG com certeza vai achar muito mais graça nas piadas! Da página 26 até a página 58 é uma piada ótima atrás da outra, até mesmo quem não acompanha a revista da Turma da Mônica e não sabe o que se passa na estória, vai achar engraçado, porque elas são muito bem feitas.O que tira um pouco mérito da revista é o, digamos, "positivismo" excessivo em alguns momentos. Chega a ser irritante a quantidade de vezes em que os personagens fazem o "V" de vitória com as mãos, típico elemento dos mangás japoneses. As gêmeas donas do bar "Unicórnio Gêmeo Saltitante" também chegam a constranger o leitor com os desnecessários "Yeah´s" que pronunciam.A estória dessa segunda edição foi tão engraçada que não consigo ver como o próximo número possa ser tão bom quanto este. Mas vamos ver o que Maurício de Souza preparou pra gente. Até agora os pontos negativos de Turma da Mônica Jovem superaram fácil os pontos negativos
Primeira Edicão
Sinopse: A Turma da Mônica deixou de ser turminha e se tornou um grupo de adolescentes. Mônica abandonou o vestido vermelho, a glutona Magali passou a apostar na alimentação balanceada, Cebolinha fala os erres (mas se perde quando está perto da Mônica, por quem tem uma queda), Cascão toma banho demorados e por aí vai.Mas, em meio a esse mundo, surge uma ameaça: uma velha feiticeira japonesa que está vinculada com um segredo ancestral dos pais dos meninos.Positivo/Negativo: Depois de um número zero distribuído gratuitamente como divulgação, chegou às bancas a primeira edição de Turma da Mônica Jovem, em que os Estúdios Mauricio de Sousa se apropriam do estilo mangá para criar uma aventura na qual seus personagens mais famosos são retratados como adolescentes.Desde seu anúncio, houve expectativa pelo seu lançamento: um misto de curiosidade e fetiche não só por conferir os velhos personagens submetidos à cultuada linguagem dos quadrinhos japoneses, mas também para vê-los ir além dos eternos sete anos de idade.O que não se sabia é que a revista traria outra revolução no universo da Mauricio de Sousa Produções: o crédito de autoria aos artistas que participaram da história. A mudança é radical. E, por sinal, é aguardada há muito mais tempo do que a própria versão mangá.Por décadas, por conta dos direitos autorais, Mauricio de Sousa não divulgou o nome dos artistas que participavam da elaboração de suas histórias. Em vez disso, publicava o nome dos colaboradores do estúdio no expediente da revista.Nesta edição, o crédito continua no expediente. Mas é diferente das outras publicações. Ele abre com a frase "Esta edição de Turma da Mônica Jovem contou com o talento dos artistas" e, depois dos dois pontos, não há uma miscelânea de nomes, e sim o nome dos responsáveis pelas diferentes etapas da revista.Foi isso que permitiu que, ao elencar os autores da edição, este resenhista não necessitasse usar o recurso de atribuir toda a criação a um genérico Estúdios Mauricio de Sousa.A mudança de atitude é mais que bem-vinda. Por mais que Mauricio de Sousa já tenha declarado seus motivos em diversas ocasiões, por mais que se restrinja apenas a uma revista, é uma mudança a ser celebrada - sempre com a esperança de que seja expandido para as outras revistas do grupo.A publicação dos créditos está longe de ser o único mérito de Turma da Mônica Jovem. Apesar do nome, medonho que é, a equipe dos Estúdios Mauricio de Sousa conseguiu um resultado bastante satisfatório, levando-se em consideração que é uma edição de estréia.Há uma série de pequenos problemas (já, já se volta a falar deles), mas todos são pontuais. O que importa, aqui, é que o tom geral da trama e da adaptação dos personagens mostra que o estilo mangá aplicado à Mônica tem potencial para render histórias divertidas.Turma da Mônica Jovem, afinal de contas, não é um título para ser lido com seriedade. Trata-se de uma brincadeira que reúne vários condicionais que evocam velhos fetiches dos leitores: e se a Mônica fosse adolescente? E se o Cebolinha, no fundo, tivesse uma queda pela baixinha, gorducha e dentuça? E se Mauricio de Sousa tivesse dado uma guinada pro mangá ao conhecer Osamu Tezuka?O mais bacana da revista é justamente misturar tudo isso e apresentar uma história insana, veloz, cheia de referências e com muito bom humor.Puristas, claro, têm tudo para torcer o nariz - sejam eles fiéis aos mangás ou à Mônica.Fãs de mangás dizem, e com razão, que não se trata de um mangá. O que a revista faz é pegar elementos dos quadrinhos japoneses e espalhar pelas páginas. Daí as caretas, os olhos grandes e brilhantes, o preto-e-branco, as texturas de fundo, os monstros e os samurais.Já os seguidores da Turma da Mônica argumentam, igualmente com razão, que isso tudo é um pastiche e que o original é muito mais bacana, que seu traço é mais autêntico, que Mauricio de Sousa é muito maior do que um punhado de clichês de mangás.Os dois grupos estão corretos. Mas parecem esquecer que Turma da Mônica Jovem não substitui nem os mangás nem os personagens originais. É apenas uma nova leitura em um formato diferente - uma experiência como um dia foram o parque de diversões, as peças de teatro, os discos de historinhas...Dividida em três capítulos, a revista começa com um longo segmento que apresenta os personagens reformulados aos leitores. Com ares de comédia romântica adolescente, é a melhor parte da publicação. Chama a atenção não só pela caracterização ágil e competente dos personagens, mas por uma cena que insinua que Cascão tornou-se assíduo no banheiro depois de descobrir a masturbação.A aventura com monstros místicos é esboçada nesse capítulo inicial com alguns elementos. Só começa pra valer na parte seguinte, e é quando a história perde um pouco de seu charme.A divisão entre os capítulos 1 e 2 é brusca, e o tom de aventura começa logo a seguir. O problema é que, ao menos neste início, a trama não consegue encantar. Ao se levar a aventura a sério, a HQ fica aquém dos bons mangás e das próprias histórias protagonizadas pela turma original.O maior destaque fica, portanto, para mais releituras de personagens: Professor Falconi (uma homenagem a Osamu Tezuka, mestre dos mangás e velho amigo de Mauricio), CéuBoy (o velho Anjinho, agora adolescente, faz referência ao Hellboy, de Mike Mignola), e Poeira Negra (o novo Capitão Feio - a bem da verdade, mais insosso que o original).O problema é que, pelo que de depreende da história, os próximos números prosseguirão enfocando justamente o lado mais fraco da HQ, o que pode vir a comprometer a série.É melhor acreditar, portanto, no texto que Mauricio de Sousa assina entre os capítulos 1 e 2. Nele, diz a equipe ainda está tateando na construção da Turma da Mônica Jovem. Resta torcer para que tomem um bom caminho.
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